quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A menina do lado

Eu vi seus olhos fechados
a sujar o brilho da noite,
não falo de Vegas
onde a noite brilha mais que o sol
falo de janelas fechadas
onde o medo aprisiona as vidas
falo de um suburbio, onde a beleza que vejo
mora na casa ao lado,
não há ondas a distrair apaixonados
nem o cristo redentor
mesmo lá do alto consegue nos ver.
Somos dois a mais nessa multidão
mais eu vi seus olhos virados
empobrecer a casa mais bela,
não falo de mansões da qual se vê em novelas
falo de tijolos erguidos com suor e empregos perdidos
onde a digital que fotografa, não clica em cores
onde as festas não servem champangner
e as ovas de peixe, não são conhecidas por caviar.
Flor mais bela, a brotar em rochedos
eu vi, seus olhos mais ternos despetalar
pequena menina por que te machucaram ?
fizem do meu mundo, um quadrado sem graça
tirastes o encanto das palavras de um poeta
lavou com seu sangue a maquiagem
de uma vida mais bela.
Projéctil cruel pungente no peito
que agradavel seria
se de ti nascesse o amor
se deixasse de trazer a dor
e fizesse a menina feliz.
Desintereçante zona norte de um RJ azul
tu serias manchete, conhecerias o mundo
se a morena do lado, voltasse a sorrir
noites inesquecíveis tu terias
tendo só ela a te estrelar.
Um corpo cansado de tanto chorar
calaram as palavras mais doces
mataram a esperança de um pobre
enterraram os sonhos de um jovem.
Fim de um história de amor
onde a menina do lado será sempre eterna
que um apaixonado entregou
para os vento do sul
levar pelo mundo.

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